
Quando Goldoni era ainda criança, rezam as crónicas, descobriu que gostava imenso de teatro, o que não terá deixado os pais muito felizes. O pai era médico e queria que o filho seguisse uma carreira mais… decente. Enfim.

No ano em que o pai morreu, 1731, Goldoni recebeu o título de «advogado da República de Veneza», o que lhe permitiu arranjar bom trabalho e ganhar o dinheiro necessário para se manter.
Rapidamente começa a ligar-se profissionalmente ao teatro como escritor-residente de uma companhia e a receber encomendas provenientes de vários sítios. É assim que escreve La donna di garbo (1743), a sua primeira comédia, Truffaldino, servitore di due patrone (1745) entre outras. Em 1749 regressa a Veneza e atira a advocacia às urtigas, tendo-se dedicado em exclusivo ao teatro.
Goldoni era um escritor profícuo: só na temporada de 1750-51 escreveu dezasseis comédias, representadas pela companhia de Girolamo Medebach. Em 1753 é a vez de La locandiera, uma das suas peças mais conhecidas e, em 1753, assume as funções de autor e director de actores do teatro San Luca, da família Vendramin, da nobreza veneziana. Fica aí durante cerca de dez anos.

Em 1762 aceita ir para Paris, trabalhar para a Comédie-Italienne durante dois anos. Fica na capital francesa durante alguns anos, tendo sido professor dos filhos de Luís XV. Aproveitou esse tempo para escrever as suas Memórias.
Profundo conhecedor da vida teatral e um observador apaixonado da sociedade do seu tempo, o seu trabalho é um espelho notável dos vícios e virtudes dos seus contemporâneos. Nas suas peças encontramos uma grande variedade de profissões e ocupações, todos os humores e todos os conflitos, das discussões às lutas de navalha, das intrigas amorosas às questões de família. O seu estilo é elegante, o humor sofisticado, fresco e mordaz e o ritmo sempre vivo. Com um grande sentido de palco, Carlo Goldoni tem um lugar insubstituível no teatro europeu.

Por isto tudo e mais ainda, gente, é a boa altura para dar um salto ao TNDMII para ir ver esta Guerra. Que outras razões não houvesse, a presença de um professor desta academia e de um ex-aluno da dita seria uma razão mais do que suficiente para se deslocarem até ao Rossio. Mas a Bruxa garante que se vão divertir um bom bocado!
3 comentários:
já lá fui, já la fui....
Gostei imenso....
Beijinhos Bruxa
Ah e tal, estou de volta aqui.
Claramente devemos todos ir ver. Apoiar o dito senhor Luis Barros.
Olá espia que veio do frio! Seja bem regressada ao nosso convívio! Ficamos à espera de notícias e fotografias...
Beijinhos espia, beijinhos Marta
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