O público lisboeta, nas últimas décadas do século XIX, conhecia os seus teatros, e sabia perfeitamente aquilo que, cada um deles, tinha para lhe oferecer. Os géneros, assim como os públicos, estavam então bem definidos.
O Ginásio era a sede da farsa, e lá nasceram as primeiras revistas; a Trindade podia alternar teatro musicado com um ou outro drama; a Avenida e o Rua dos Condes, estavam mais voltados para a revista e a opereta, mas podiam apresentar, eventualmente, comédia; o Príncipe Real, morada do terrível melodrama, era o teatro popular por definição, albergando um público humilde, que raro frequentava os teatros finos. Havia ainda o D. Amélia, teatro chic, inaugurado em 1894, destinado, quase em exclusivo, à apresentação de companhias estrangeiras.
O Teatro de D. Maria lI, o Normal, teatro estatal e burocrático, sério e circunspecto, albergava a alta-comédia e o drama. Desde a sua inauguração, em 1846, nunca tinha conquistado um público muito numeroso.
Embora a assistência se distribuísse, segundo a sua posição social, quer nos camarotes, quer na plateia, quer nos balcões ou galinheiro, era um teatro para a burguesia triunfante, para gente bem arranjada, um teatro que a família real frequentava.
O período em que por lá estacionou a Companhia Rosas & Brasão foi, sem dúvida, um dos mais favoráveis e que mais público atraiu. Não só os teatreiros lisboetas não perdiam uma récita, como os forasteiros da província, que demandavam Lisboa, consideravam de rigor não voltar às suas terras sem ter ido ao D. Maria ver as grandes estrelas da cena, conhecidas por esse país fora, através de jornais, ou pelos postais, ou tão só por se falar muito deles, e que brilhavam na Companhia Rosas & Brasão.
Ainda assim, as casas nem sempre estavam cheias, e apenas havia espectáculo quatro vezes por semana, pois para mais não dava o público.
As tournées, especialmente ao Brasil, eram então a grande mina...
O Ginásio era a sede da farsa, e lá nasceram as primeiras revistas; a Trindade podia alternar teatro musicado com um ou outro drama; a Avenida e o Rua dos Condes, estavam mais voltados para a revista e a opereta, mas podiam apresentar, eventualmente, comédia; o Príncipe Real, morada do terrível melodrama, era o teatro popular por definição, albergando um público humilde, que raro frequentava os teatros finos. Havia ainda o D. Amélia, teatro chic, inaugurado em 1894, destinado, quase em exclusivo, à apresentação de companhias estrangeiras.
O Teatro de D. Maria lI, o Normal, teatro estatal e burocrático, sério e circunspecto, albergava a alta-comédia e o drama. Desde a sua inauguração, em 1846, nunca tinha conquistado um público muito numeroso.
Embora a assistência se distribuísse, segundo a sua posição social, quer nos camarotes, quer na plateia, quer nos balcões ou galinheiro, era um teatro para a burguesia triunfante, para gente bem arranjada, um teatro que a família real frequentava.
O período em que por lá estacionou a Companhia Rosas & Brasão foi, sem dúvida, um dos mais favoráveis e que mais público atraiu. Não só os teatreiros lisboetas não perdiam uma récita, como os forasteiros da província, que demandavam Lisboa, consideravam de rigor não voltar às suas terras sem ter ido ao D. Maria ver as grandes estrelas da cena, conhecidas por esse país fora, através de jornais, ou pelos postais, ou tão só por se falar muito deles, e que brilhavam na Companhia Rosas & Brasão.
Ainda assim, as casas nem sempre estavam cheias, e apenas havia espectáculo quatro vezes por semana, pois para mais não dava o público.
As tournées, especialmente ao Brasil, eram então a grande mina...
Este texto foi publicado no catáliogo da exposição de abertura do Museu Nacional do Teatro, A Companhia Rosas & Brasão (1880-1898), da responsabilidade do seu director, Vítor Pavão dos Santos
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