sexta-feira, 18 de abril de 2008

Na margem sul faz-se bom teatro...

Em 1971, o Grupo Teatral de Campolide começou a sua actividade no mundo do espectáculo. A companhia de Teatro de Almada provém desse mesmo anterior Grupo de Campolide. A primeira produção realizada no Teatro de Almada, foi O avançado-centro morreu ao amanhecer, de Agustin Cuzzani, com encenação do director do Grupo, Joaquim Benite.

Entre 1972 e 1976, também peças de António José da Silva, Pablo Neruda e Vírgilio Martinho foram também encenadas por Joaquim Benite. No ano de 1977, o grupo de Teatro de Almada obteve a profissionalização, e ocupava em Lisboa o Teatro da Trindade. Em 1978, as instalações do grupo do Teatro de Almada passaram a ser no Teatro da Academia Almadense e o grupo passou a chamar-se Companhia de Teatro de Almada.
Em 1988, após dez anos de actividade teatral em Almada, a companhia é convidada pela Câmara local a tornar-se companhia residente do Teatro Municipal de Almada. Desde então a Companhia de Teatro de Almada já estreou mais de cem produções de grandes textos da dramaturgia clássica e contemporânea. A Bruxa recorda-se de um espantoso Othello, em 1993, em que, sabiamente, o encenador fez das fraquezas do actor principal forças do protagonista, num resultante verdadeiramente interessante...

Foram convidados para dirigir as suas produções encenadores como José Martins, Fernando Gusmão, Vítor Gonçalves, Artur Ramos, Rogério de Carvalho, Jorge Listopad, Luís Varela, Joana Fartaria, Teresa Gafeira, Paulo Mendes, Peter Shrot, Peter Kleinert, Júlio Castronuovo, Ramón Perez, Monique Rutler, Joseph Szajna, entre outros.

Desde 1991 que a companhia edita a revista Cadernos, onde se tem feito alguma da melhor reflexão sobre teatro de que dispomos.
A Companhia de Teatro de Almada e a Câmara Municipal de Almada organizam todos os anos entre 4 a 18 de Julho o Festival Internacional de Teatro de Almada, com direcção de Joaquim Benite e Vítor Gonçalves, que já vai na sua 24ª edição.
Fica aqui uma fotografia do festival do ano passado.

Da nossa correspondente dos óculos encarnados.

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