O ano 2008 tem um significado especial para a poesia. As Nações Unidas proclamaram este ano como o Ano Internacional das Línguas. As línguas são a matéria da poesia e constituem a substância de que são feitos os poemas. Por isso, aos poetas, este ano dá ocasião de reflectirem e agirem sobre a extraordinária riqueza que a diversidade linguística oferece à sua arte.
As línguas são uma parte essencial da herança viva da Humanidade. No entanto, mais de metade das 6.700 línguas faladas no mundo está em risco de desaparecer e calcula-se que 96% das que existem sejam faladas por apenas 4% da população mundial.
A ameaça à sobrevivência dessas línguas significa que um número infinito de imagens, percepções e significados transmitidos pelas palavras se podem perder para sempre, em detrimento da diversidade linguística e do equilíbrio das suas comunidades de origem.
Há anos que a UNESCO trabalha para desenvolver um padrão de referência que dê resposta aos desafios da globalização na área da cultura. Para tal adoptou a Convenção para a Defesa do Património Cultural Intangível em 2003 e a Convenção para a Protecção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais em 2005, que proporcionam um conjunto unificado de medidas destinadas a limitar o risco de empobrecimento cultural e artístico que ameaça o mundo dos nossos dias. A sua acção acompanha e apoia os esforços de todos aqueles que trabalham na defesa e protecção da nossa herança cultural. Estes esforços só darão fruto enquanto parte integrante de uma acção internacional concertada, em que os poetas têm lugar por direito.
Convido por isso toda a comunidade de poetas a, ao longo deste ano, unir os seus esforços na defesa da poesia sob todas as formas e em todas as línguas, em especial, nas línguas em perigo.
As línguas são uma parte essencial da herança viva da Humanidade. No entanto, mais de metade das 6.700 línguas faladas no mundo está em risco de desaparecer e calcula-se que 96% das que existem sejam faladas por apenas 4% da população mundial.
A ameaça à sobrevivência dessas línguas significa que um número infinito de imagens, percepções e significados transmitidos pelas palavras se podem perder para sempre, em detrimento da diversidade linguística e do equilíbrio das suas comunidades de origem.
Há anos que a UNESCO trabalha para desenvolver um padrão de referência que dê resposta aos desafios da globalização na área da cultura. Para tal adoptou a Convenção para a Defesa do Património Cultural Intangível em 2003 e a Convenção para a Protecção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais em 2005, que proporcionam um conjunto unificado de medidas destinadas a limitar o risco de empobrecimento cultural e artístico que ameaça o mundo dos nossos dias. A sua acção acompanha e apoia os esforços de todos aqueles que trabalham na defesa e protecção da nossa herança cultural. Estes esforços só darão fruto enquanto parte integrante de uma acção internacional concertada, em que os poetas têm lugar por direito.
Convido por isso toda a comunidade de poetas a, ao longo deste ano, unir os seus esforços na defesa da poesia sob todas as formas e em todas as línguas, em especial, nas línguas em perigo.
Koïchiro Matsuura
Director-Geral da UNESCO
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