Na Cimeira Mundial de 2005, os governos de todas as nações concordaram em que “o progresso das mulheres é o progresso de todos”. No entanto, dez anos mais tarde, a revisão da taxa de cumprimento da Plataforma de Acção de Pequim revelou um sério desfasamento entre políticas e práticas em muitos países. A falta de vontade política reflecte-se na mais reveladora: a falta de recursos e o financiamento insuficiente. É por isso que o tema deste Dia Internacional da Mulher é “Investir nas mulheres e raparigas”.
Esta falha no financiamento não se limita a corroer as iniciativas para a igualdade de sexos e o fortalecimento da posição das mulheres; também atrasa os nossos esforços no alcançar dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Como nos diz uma longa e antiga experiência, investir nas mulheres e raparigas tem um efeito multiplicador na produtividade e crescimento económico sustentado. Não existe medida mais importante do que o desenvolvimento da educação e dos cuidados sanitários, incluindo a prevenção do HIV. Não existe outra política com mais potencial no melhoramento da nutrição ou redução da mortalidade infantil e materna.
Temos já alguns sucessos sobre os quais trabalhar. Mobilizaram-se recursos financeiros para o aumento da taxa de emprego feminino, desenvolveu-se o papel da microfinança, concedeu-se crédito a empresas de mulheres e empreenderam-se reformas financeiras. Mais de 50 países criaram iniciativas orçamentais no âmbito da paridade. O sector privado está a aumentar os seus esforços para financiar o potencial económico das mulheres, e existem fundos e fundações de mulheres que surgem como formas inovadoras de financiamento.
Esta falha no financiamento não se limita a corroer as iniciativas para a igualdade de sexos e o fortalecimento da posição das mulheres; também atrasa os nossos esforços no alcançar dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Como nos diz uma longa e antiga experiência, investir nas mulheres e raparigas tem um efeito multiplicador na produtividade e crescimento económico sustentado. Não existe medida mais importante do que o desenvolvimento da educação e dos cuidados sanitários, incluindo a prevenção do HIV. Não existe outra política com mais potencial no melhoramento da nutrição ou redução da mortalidade infantil e materna.
Temos já alguns sucessos sobre os quais trabalhar. Mobilizaram-se recursos financeiros para o aumento da taxa de emprego feminino, desenvolveu-se o papel da microfinança, concedeu-se crédito a empresas de mulheres e empreenderam-se reformas financeiras. Mais de 50 países criaram iniciativas orçamentais no âmbito da paridade. O sector privado está a aumentar os seus esforços para financiar o potencial económico das mulheres, e existem fundos e fundações de mulheres que surgem como formas inovadoras de financiamento.
Mas temos de fazer mais. Todos os que fazemos parte da comunidade internacional – governos organizações multilaterais, instituições bilaterais e o sector privado – precisamos avaliar os custos económicos da persistência da desigualdade entre os sexos e os recursos necessários para lhe pôr fim. Precisamos de criar mecanismos que identifiquem investimentos na paridade de sexos.
Também na família das Nações Unidas precisamos de melhorar a nossa resposta às necessidades conseguindo mais recursos. Os recursos disponíveis para a promoção da igualdade dos sexos têm ser mais consistentes e previsíveis – em especial a nível regional e nacional. E para fazer realmente a diferença, os nossos esforços no sentido da igualdade dos sexos necessitam de financiamento à altura dos desafios. Acredito firmemente que uma entidade com este objectivo, dinâmica e forte, que consolidasse recursos hoje dispersos por muitos organismos, atrairia mais fundos da comunidade de dadores. Mobilizando as forças de mudança a nível global e inspirando resultados melhores a nível nacional, uma entidade assim teria um papel mais eficaz no avanço da causa de dar maior poder às mulheres e concretizar a igualdade de géneros a nível mundial. Exorto os Estados Membros a reunir a vontade política necessária para levar as análises sobre este assunto a uma conclusão positiva. Este ano, encontramo-nos a meio do caminho na corrida para atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, previstos para 2015. Só investindo nas mulheres e raparigas de todo o mundo poderemos manter a esperança de alcançar o nosso destino. Neste Dia Internacional da Mulher, unamos os nossos esforços na prossecução deste objectivo.
Também na família das Nações Unidas precisamos de melhorar a nossa resposta às necessidades conseguindo mais recursos. Os recursos disponíveis para a promoção da igualdade dos sexos têm ser mais consistentes e previsíveis – em especial a nível regional e nacional. E para fazer realmente a diferença, os nossos esforços no sentido da igualdade dos sexos necessitam de financiamento à altura dos desafios. Acredito firmemente que uma entidade com este objectivo, dinâmica e forte, que consolidasse recursos hoje dispersos por muitos organismos, atrairia mais fundos da comunidade de dadores. Mobilizando as forças de mudança a nível global e inspirando resultados melhores a nível nacional, uma entidade assim teria um papel mais eficaz no avanço da causa de dar maior poder às mulheres e concretizar a igualdade de géneros a nível mundial. Exorto os Estados Membros a reunir a vontade política necessária para levar as análises sobre este assunto a uma conclusão positiva. Este ano, encontramo-nos a meio do caminho na corrida para atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, previstos para 2015. Só investindo nas mulheres e raparigas de todo o mundo poderemos manter a esperança de alcançar o nosso destino. Neste Dia Internacional da Mulher, unamos os nossos esforços na prossecução deste objectivo.
Mensagem do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon
4 comentários:
investir nas mulheres e nas raparigas...é um total e completa perda de tempo!
Quem tiver algo a mostrar-me de forma diferente. apresente-se na tribuna infernal.
Dada a sua proverbial tolerância e espírito democrático, a Bruxa contém-se. Mas você está perto de apanhar com uma cadeira pela cabeça abaixo, oh Lúcifer!
Pronto bruxa ja ca nao esta quem falou porém ainda nao me mostrou uma razao evidente para que haja um dia internacional da mulher.
Fico a espera feminista incondicional
Esta discussão tem de ser prosseguida presencialmente...
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