domingo, 27 de janeiro de 2008

Não são teatros, são vergonhas...?

No ano de 1865, na Rua da Palma, na parte baixa da Mouraria, é inaugurado o Teatro do Príncipe Real, nome escolhido em homenagem ao futuro rei D. Carlos (reinou entre 1898 e 1908. Evocam-se este anos os 100 anos do regicídio. Mas a isso voltaremos mais tarde...).
Dois pobres e uma porta, em 3 actos e, Muito padece quem ama são as comédias apresentadas na inauguração. Em 1906, Palmira Torres é a actriz principal da peça A Severa, de Júlio Dantas. O regime republicano altera-lhe o nome para Teatro Apolo. Agulha em Palheiro, primeira revista original após a instauração da República, é aqui representada logo em 1911. Este teatro atrai um público popular e recebe companhias de repertório «sério». Apesar dos inúmeros sucessos, o teatro foi demolido em 1957.
Outro teatro de Lisboa, que desapareceu mais tarde, em 1967, foi o teatro Avenida, inaugurado em 1888. Construído na zona inferior da Avenida da Liberdade, ocupava uma parte do antigo Passeio Público e era frequentado por gente abastada (vão ao dicionário!), interessada em comédias e outras representações ligeiras.

Foi um dos primeiros edifícios da Avenida da Liberdade. Inaugurou com a comédia De Herodes para Pilatos, conhecendo grandes êxitos nos primeiros anos de existência. Em 1964, Vasco Morgado, empresário do Avenida, “empresta” o teatro à companhia Rey Colaço/Robles Monteiro (também voltaremos a eles), recém desalojada do Teatro Nacional D. Maria II. Em 1967, o Avenida é completamente destruído por um incêndio.

NOTA: Lembram-se do que deles disse António Pedro? Cá estão então as imagens...

2 comentários:

Gaius disse...

No teatro da avenida também foi levado a cena pela primeira vez a peça "6 personagens a procura de um autor" do Pirandello, há muito tempo atrás! Sei isso porque ando a lê-la!!

A Bruxa das PAPs disse...

Ena! Boa, Imperador... mas os seus "a"s andam com falta de acentos! É 'à cena' e 'à procura'. Ai, ai, ai!!!!