Mas, sejam o que forem,
São ainda a fonte da luz de todo o nosso dia,
São ainda a luz de tudo o que vemos;
Sustêm-nos, acarinham-nos, e têm o poder de fazer
dos anos ruidosos, instantes da criação
do silêncio eterno: verdades que nascem
para não mais morrer,
Que nem a indiferença ou a vã loucura,
Nem homem nem rapaz,
Nem tudo o que é inimigo da alegria
Poderá abolir ou destroçar!
William Wordsworth (1770-1850)
Excerto de "Apelo da Imortalidade de Recordações da Infância"
I WANDERED LONELY AS A CLOUD [Vagueava só como uma nuvem...]
Como nuvem eu vogava,
passando montes e prados,
quando súbito avistava
narcisos mil e dourados,
junto ao lago, na floresta,
dançando na brisa lesta.
Contínuos como as estrelas
na Estrada de Santiago,
infindos se alongam pelas
curvas margens desse lago.
E as cabeças sacudiam
no dançar em que existiam.
As ondas também dançavam:
em menos viva folia.
Que poetas recusavam
tão alegre companhia?
Olhei, e olhei, sem pensar
estar vendo coisas sem par.
Que às vezes, quando me afundo
em vácua ou tensa vontade,
eles brilham no olhar profundo
que é bênção da soledade,
e o coração se me enflora,
e dança com eles agora.
Dove Cottage, a casa em Grasmere, no Lake District, onde Wordsworth escreveu grande parte da poesia que nos deixou
2 comentários:
lindo*
d.r.
ohhh merci merci
grande poeta
foi meu primo
agradeço imenso a homenagem lhe fazem neste respeitavel espaço...
Enviar um comentário