Tal como nos restantes géneros literários, também no teatro contemporâneo português se verificam desenvolvimentos paralelos de tendências realistas e de movimentos e experiências de vanguarda. Alguns autores ligados ao decadentismo e ao simbolismo fizeram experiências dramatúrgicas que podem ser inseridas nessas correntes, como D. João da Câmara e António Patrício.
De uma forma geral, sob o Estado Novo, as condições não eram as mais favoráveis ao teatro. No que toca à representação, o teatro português era dominado pela companhia Reis Colaço-Robles Monteiro, que seguia uma linha clássica. Para além deste e do teatro de revista, havia poucas possibilidades de pôr em cena teatro de tendências alternativas. A partir dos anos 50, no entanto, surgiram vários agrupamentos, como o Teatro Experimental do Porto (1953, dirigido por António Pedro), o Teatro-Estúdio do Salitre, o Teatro Experimental de Cascais (1965), o Teatro-Estúdio de Lisboa (1964), Os Bonecreiros (1971), a Comuna (1971), a Cornucópia (1973) e a Seiva Trupe (1973). Estas companhias, algumas de duração efémera por dificuldades de sobrevivência sem apoios institucionais, introduziram alguns elementos próprios da expressão teatral não tradicional, que se desenvolviam já na Europa, como o teatro do absurdo, a criação colectiva, o recurso à expressão corporal de forma não realista.
Quanto à criação do teatro enquanto texto literário, registam-se autores que se distinguiam também em outros géneros, como Natália Correia, Jorge de Sena, José Cardoso Pires e José Régio. Afirmaram-se nomes especificamente ligados a este género, como Luiz Francisco Rebello e Romeu Correia (este ligado a uma tradição de realismo social e popular). As formas teatrais de vanguarda serviram também um teatro de intenção interventora, com expressão na obra de Bernardo Santareno (O Judeu, 1966) e Luís de Sttau Monteiro (Felizmente há Luar!, 1961), fortemente influenciada pelo teatro épico de Bertold Brecht.
O período que precede de perto o 25 de Abril e os anos que se lhe seguiram abriiu a possibilidade de representação de muitos autores estrangeiros até então proibidos e também de portugueses, como Bernardo Santareno. Muitas das companhias de teatro independente envolveram-se nas campanhas de dinamização cultural, apostando num teatro de intervenção e forte ligação às massas populares. Recentemente, alguns romancistas têm-se dedicado também ao género dramático; entre eles contam-se Mário Cláudio, Luisa Costa Gomes e José Saramago.
De uma forma geral, sob o Estado Novo, as condições não eram as mais favoráveis ao teatro. No que toca à representação, o teatro português era dominado pela companhia Reis Colaço-Robles Monteiro, que seguia uma linha clássica. Para além deste e do teatro de revista, havia poucas possibilidades de pôr em cena teatro de tendências alternativas. A partir dos anos 50, no entanto, surgiram vários agrupamentos, como o Teatro Experimental do Porto (1953, dirigido por António Pedro), o Teatro-Estúdio do Salitre, o Teatro Experimental de Cascais (1965), o Teatro-Estúdio de Lisboa (1964), Os Bonecreiros (1971), a Comuna (1971), a Cornucópia (1973) e a Seiva Trupe (1973). Estas companhias, algumas de duração efémera por dificuldades de sobrevivência sem apoios institucionais, introduziram alguns elementos próprios da expressão teatral não tradicional, que se desenvolviam já na Europa, como o teatro do absurdo, a criação colectiva, o recurso à expressão corporal de forma não realista.
Quanto à criação do teatro enquanto texto literário, registam-se autores que se distinguiam também em outros géneros, como Natália Correia, Jorge de Sena, José Cardoso Pires e José Régio. Afirmaram-se nomes especificamente ligados a este género, como Luiz Francisco Rebello e Romeu Correia (este ligado a uma tradição de realismo social e popular). As formas teatrais de vanguarda serviram também um teatro de intenção interventora, com expressão na obra de Bernardo Santareno (O Judeu, 1966) e Luís de Sttau Monteiro (Felizmente há Luar!, 1961), fortemente influenciada pelo teatro épico de Bertold Brecht.
O período que precede de perto o 25 de Abril e os anos que se lhe seguiram abriiu a possibilidade de representação de muitos autores estrangeiros até então proibidos e também de portugueses, como Bernardo Santareno. Muitas das companhias de teatro independente envolveram-se nas campanhas de dinamização cultural, apostando num teatro de intervenção e forte ligação às massas populares. Recentemente, alguns romancistas têm-se dedicado também ao género dramático; entre eles contam-se Mário Cláudio, Luisa Costa Gomes e José Saramago.
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