quinta-feira, 29 de maio de 2008

Meninos, vamos ao livro, ai, que o livro é coisa boa...

Depois de despiques, guerras, ameaças e chantagens, abriu finalmente a 78ª Feira do Livro de Lisboa, este ano sob o tema: "Ler. Um mundo de descobertas". É a festa anual do livro em Lisboa e no Porto, onde o público tem acesso aos ditos livros em condições vantajosas, i.e., preços bastante mais baixos.

É a boa altura para conseguir aqueles livros que, durante o resto do ano, não deu "jeito" comprar. De brinde até pode ser que apanhem o/a vosso/a autor/a favorito/a numa sessão de autógrafos ou numa animada conversa.


Para além dos livros novos, há sempre uns alfarrabistas simpáticos e umas ainda mais simpáticas secções de livros em segunda mão onde, por vezes, se encontram verdadeiras preciosidades a preços verdadeiramente simpáticos. Não! Amorosos mesmo: há um perdido volume de textos do Brecht, publicado pela saudosa Portugália Editores, que voou de um desses cantinhos para uma das prateleiras do castelo da Bruxa e que está guardado com o maior dos cuidados, depois de ter sido lido com a devida reverência.


Têm aqui todas as informações. Já agora, aproveitem e vejam a galeria de fotos das feiras mais antigas. É muito gira! É fácil chegar ao Parque Eduardo VII, onde tal feira tem lugar. Por isso, façam lá um esforço e vão até Lisboa e dêem uma volta pelas tão mal-amadas barraquinhas. E boas compras!


Já agora, por curiosidade, aqui fica uma fotografia da 1ª Feira do Livro de Lisboa. Foi nos Restauradores...

Um pedido especial...

Mas, sejam o que forem,
São ainda a fonte da luz de todo o nosso dia,
São ainda a luz de tudo o que vemos;
Sustêm-nos, acarinham-nos, e têm o poder de fazer
dos anos ruidosos, instantes da criação
do silêncio eterno: verdades que nascem
para não mais morrer,
Que nem a indiferença ou a vã loucura,
Nem homem nem rapaz,
Nem tudo o que é inimigo da alegria
Poderá abolir ou destroçar!



William Wordsworth (1770-1850)
Excerto de "Apelo da Imortalidade de Recordações da Infância"

I WANDERED LONELY AS A CLOUD [Vagueava só como uma nuvem...]

Como nuvem eu vogava,
passando montes e prados,
quando súbito avistava
narcisos mil e dourados,
junto ao lago, na floresta,
dançando na brisa lesta.

Contínuos como as estrelas
na Estrada de Santiago,
infindos se alongam pelas
curvas margens desse lago.
E as cabeças sacudiam
no dançar em que existiam.
As ondas também dançavam:
em menos viva folia.
Que poetas recusavam
tão alegre companhia?

Olhei, e olhei, sem pensar
estar vendo coisas sem par.
Que às vezes, quando me afundo
em vácua ou tensa vontade,
eles brilham no olhar profundo
que é bênção da soledade,
e o coração se me enflora,
e dança com eles agora.


Dove Cottage, a casa em Grasmere, no Lake District, onde Wordsworth escreveu grande parte da poesia que nos deixou

To whom it may concern...



... que não sei quem é: há um comentário guardado na minha caixa do correio à espera que o/a autor/a se identifique. Compreendo (acho!) as suas razões, mas não o vou publicar para já. Se quiser falar comigo, tem o meu endereço na Barca de Caronte: está à sua inteira disposição!
Um grande beijinho

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Muito e muito obrigada

Agradeço do coração aos meus ex-alunos da EPTC a forma adulta como enfrentaram o facto de eu ter saído da escola, mostrando, mais uma vez, com as dedicatórias que todos me endereçaram, que acreditam, que um dia o profissionalismo e a verdade prevalecerão.

Teachinha Mané
27 de Maio de 2008


Nota:
O meu tio, José Thomaz Calvet de Magalhães, foi embaixador no Vaticano e viveu na embaixada. Conheci a casa!

terça-feira, 27 de maio de 2008

Sugestão da nossa correspondente D. Recibos

Monólogo sobre a vida da pintora portuguesa que se refugiou em França

"A partir das palavras da própria pintora, a actriz Maria José Paschoal escreveu e interpreta o texto em forma de monólogo que recorda as palavras e pensamentos de Maria Helena Vieira da Silva. A acompanhar as palavras estão os quadros, os livros, as tintas e a música num cenário que pretende retratar o atelier onde a pintora fazia o seu trabalho. Vieira da Silva par elle même assinala o centenário do nascimento da pintora e está em cena até 15 de junho na Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, em Lisboa. Uma ocasião também celebrada com uma exposição de 13 importantes obras da artista. "
Têm aqui mais alguma informação.
Nota da autora da sugestão: "Este fim-de-semana (sábado) tive a fantástica oportunidade de assistir a um monólogo que achei interessantíssimo para todas as pessoas que são ligadas ao mundo das artes. De uma maneira altruísta, gostaria de aconselhar (se é que tenho poder para tal) todos que possam ir até Lisboa (perto do Rato) ao museu Vieira da Silva, para assistir a uma excelente interpretação de Maria José Paschoal de "maria vieira par elle même".

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Nenhum homem é uma ilha...

"Toda a humanidade provém de um autor e é um corpo só; quando morre um homem, não é um capítulo que se rasga de um livro, antes se traduz em melhor linguagem; e todos os capítulos devem ser traduzidos desta forma… Tal como quando o sino toca a chamar ao sermão, não só toca a chamar o pregador como também apela à congregação para que venha. Este sino chama-nos a todos, e em especial a mim que me vejo trazido tão perto desta porta pela doença… Nenhum homem é uma ilha, inteiro por si só… a morte de qualquer homem diminui-me, porque faço parto da humanidade. Por isso, não perguntes nunca por quem os sinos dobram: dobram por ti."
Isto foi escrito por John Donne, um poeta inglês do séc. XVII.
E como as promessas são para se cumprir, aqui fica então a minha carta:
"Ao longo dos anos, tenho vindo a assistir com preocupação a escolhas de temas e de perspectivas de trabalho que considero desadequadas à faixa etária dos alunos da escola. Não me cabendo a responsabilidade dessas escolhas nem tendo qualquer possibilidade de participar nelas, restou-me, em variadas ocasiões, quer directamente com o C. A. [*], quer em reuniões de professores, a alternativa de mostrar o meu desagrado e preocupação.
Este ano, com a escolha de O Inferno, de Bernardo Santareno, para prova final, ultrapassou-se uma barreira que não estou disposta a ultrapassar. Por isso, venho pela presente manifestar a vontade de fazer cessar o contrato de prestação de serviços que mantenho com V. Exas."
[*] Não publico nomes na Net sem autorização dos próprios.

Hoje é dia de Corpo de Deus

Esta festa do “Corpo de Deus” ou mais precisamente, da so­le­nidade do “Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo” celebra-se na quinta-feira a seguir ao primeiro domingo de­pois do Pentecostes, em honra do Santíssimo Sac­ramento da Eu­caristia. Ou seja, neste dia celebra-se a instituição do sacramento da Comunhão, alimento espiritual que Deus deu aos homens como caminho para a salvação. Aqui têm a procissão deste dia, na visão de Amadeo Souza-Cardoso:

A festa é muito mais antiga do que o Cristianismo: ocorre no final da Primavera e – antes de ser Corpo de Deus – era uma celebração incluída nos ritos da Natureza, fundamentais nas sociedades agrícolas. Nessa festa – cujo nome a Bruxa não conhece - pedia-se à Mãe-Terra que, tendo florescido, frutificasse com abundância para que os homens pudessem alimentar-se. Mais tarde, com o advento do Cristianismo, sofreu o mesmo tipo de apropriação das outras festividades dos ritos da Natureza: foi “adaptada” à doutrina cristã. E a celebração do alimento que a Mãe-Terra oferecia, passou a ser a celebração do alimento que Deus dá aos homens.
Muito bem. Tiveram a explicação religiosa. Agora, vamos avançar para a área do teatro, que nos reuniu a todos na escola, ali para os lados da Amoreira.

Durante a Idade Média, era no dia da festa do Corpo de Deus que se representavam os ciclos de mistérios: a Primavera vai adiantada, o tempo está melhor, há um compasso de espera nos trabalhos da lavoura: as sementeiras estão a crescer, as árvores floriram e é preciso aguardar pelos resultados. Ou seja, numa sociedade agrícola como era a medieval, há um “feriado” possível no calendário das tarefas da agricultura. E foi assim que, com o tempo, se organizaram as representações dos ciclos de mistérios, que vieram a tornar-se o centro desta festa.
Não vou aqui recordar o que estudaram de teatro medieval e como se chegou à forma final dos ciclos. Fica a nota e uma das gravuras mais célebres das que restam dessa época, que representa um palco múltiplo, do género dos que se utilizavam para estes espectáculos.

Façam o favor de notar o céu - a esfera celeste - à esquerda, e o Inferno - uma enorme boca - na extrema-direita…

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Por favor!



Não me mandem imagens nesta fase do campeonato! Texto e só texto até o texto estar pronto. Só depois, no final, se adicionam as imagens. Os textos ficam muito pesados, com as correcções andam aos saltos e sai tudo do sítio. Por isso, guardem os "bonecos" para o fim...

Ai, o contexto!



Como anda tudo aflito com o contexto, aqui têm um resumo bem clarinho do que foram as condições socio-politico-económicas e afins do Portugal do Estado Novo. E, por uma vez, podem dar um saltinho à Wikipédia...

Bom trabalho!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Há muito tempo...



... que não tínhamos boa literatura aqui, neste recanto infernal.


Da margem Sul, o nosso correspondente Farraia enviou o seguinte poema:





Mato-me e não vejo o carreiro;
Perdemo-nos, sim! Tanto monta!
Estou que nos leva o diabo
Faz-nos dar volta atrás volta!


[...]


Tantos! Por que vão espantados
E choram lastimosamente?
Será que se casa uma bruxa?
Ou enterram um duende?





É de Pushkin, um autor russo do século XIX, responsável pela mitificação da relação entre Mozart e Salieri. Foi ele que, numa das suas "pequenas tragédias", intitulada precisamente Mozart e Salieri, deu corpo ao mito que diz que Salieri envenenou Mozart, que Peter Schaffer viria a utilizar na peça Amadeus que, por sua vez, esteve na origem do filme do mesmo nome, realizado por Milos Forman. (ai! Tantos que's!)

Vamos aos filmes...


Gente!

A Bruxa sabe que estão preocu- pados com o trabalho de contextua- lizar o inferno que se preparam para trabalhar. Por isso, aqui fica uma sugestão: no cinema Londres, em Lisboa, está um filme que vos interessa muito.

É um "documentário de Inês Medeiros que revisita a memória dos anos do salazarismo através do olhar e testemunho de várias mulheres, de diversos extractos sociais, que, em 1958, foram convidadas a manifestar o seu apoio a Salazar, em cartas laudatórias, a pretexto da primeira crise que abalou a ditadura, aquando da campanha do General Humberto Delgado. Desde as mais fervorosas defensoras do ditador até às mais comedidas ou simples, em quem a propaganda surtia outro tipo de efeito, Cartas a uma Ditadura desmonta o regime e as suas estratégias de perpetuação."

Por isso, que tal aproveitar o fim-de-semana e ir até à Praça de Londres em Lisboa ver o que por lá se passa?

Cartas a Uma Ditadura - Sala 1
De: Inês de Medeiros

Sessões: 14h, 16h, 18h, 20h, 22h, 24h

M 12

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Doença estranhíssima...

... mucopolissacaridose. Hoje é Dia Mundial da Luta contra a Mucopolissacaridose. Melhoras...
Alguém sabe o que é?

Antros desconhecidos...

Pois é. No próximo domingo é dia Internacional dos Museus. Por todo o país, os museus organizam actividades variadas (e grátis!) como forma de divulgarem as suas colecções e espólios. Vão a este jornal e vejam o que preparam os museus nacionais. Uma das possibilidades que tem vindo a ganhar é adeptos é a hipótese de se visitar os ditos e referidos museus durante a noite.
E há museus para tudo: desde os clássicos, até museus que mostram formas de vida popular, roupa, teatro - sim, o Museu do Teatro vai ter actividades nessa noite - chapéus, relógios, carros, artesanato, cultura popular, música - há um Museu da Música Portuguesa em Cascais, sabiam? - mar - o Museu do Mar também cá mora... - e tantas, tantas outras coisas.

Já agora, ficam aqui umas referências dedicadas a alguns aprendizes de mais longe: Monchique, Viseu, Vila do Conde, Portalegre (onde vi este, numa das mais interessantes visitas que alguma vez fiz a um museu), Torres Vedras, Figueira da Foz, Salvaterra de Magos e Leiria (há uma exposição de bonecas de todos os tempos que deve ser interessante).
Sabem quais são os museus mais visitados de Portugal? Em primeiro lugar, o Museu dos Coches, em Lisboa. E, em segundo, está o Mueseu do Pão, em Seia, na Serra da Estrela. A Bruxa esteve lá há pouco tempo e pode garantir que o cheirinho é delicioso...




Há algum museu perto da vossa casa? Pode ser uma boa oportunidade de o visitar.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Morreu Rauschenberg

... um dos artistas de quem viram trabalho quando foram ao CCB. Este trabalho:

Plus Fours (1974)
Se estiverem interessados em conhecer um pouco mais do seu trabalho, dêem uma saltada até aqui.

Toda a gente erra...

... e a Bruxa e os jornalistas não são excepção. Aqui fica: após aturadas investigações e muitas, muitas, MUITAS, MUITAS dúvidas e hesitações, a Bruxa chegou à conclusão de que o Lúcifer da Temporada terá mesmo nascido em 1920.
Normalmente, os jornais são relativamente certos nisto: se dizem que o senhor tinha 56 anos quando morreu, a malta acredita. É verdade que não se pode acreditar em tudo o que se lê na imprensa, e este é mais um caso.
Mas a Bruxa tem fé no trabalho da juventude e crê que o erro será rapidamente corrigido por todos vós. (Vai ser, não vai...?)

Querem conhecer mais dois ex-aprendizes?

Cá estão eles: a Rosinda Costa e o Pedro Caeiro. Foram de anos diferentes mas juntam-se agora para um espectáculo, a ser apresentado no espaço do Bar do Teatro Trindade. Com eles está também o Bruno Marques:
E aqui têm o cartaz.

Vá lá, gente: toca a ir até ao Trindade, passar um bom bocado à procura dos vossos/nossos sonhos.
E aqui têm a
FICHA ARTÍSTICA

BRUNO MARQUES,
INTÉRPRETE
Gosta de Música, Teatro, Cinema e tudo o que implique formas de expressão.
Trabalha desde 2004 na manutenção do terminal de contentores de Santa Apolónia.
Membro fundador da banda Projecto Raiz Quadrada que se encontra neste momento a produzir o seu primeiro álbum.
Trabalhou 2 anos em serralharia artística na exposição de mobiliário em ferro forjado.

PEDRO CAEIRO
AUTOR E INTÉRPRETE

Tem trabalhado recentemente em projectos televisivos.
Estágio na Blueraincoat Theatre Company, na Irlanda.
Entre outras peças fez Romeu e Julieta, de William Shakespeare, no Teatro Municipal São Luiz, e depois em tournée pelo país.
Estreou-se em teatro na peça Caixa de Sombras, de Michael Cristofer, no Teatro Municipal São Luiz.
Formou-se na Escola Profissional de Teatro de Cascais.

ROSINDA COSTA
AUTORA E INTÉRPRETE

Licenciada em Teatro, opção Actores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Leccionou Expressão Dramática na Escola EB1 Raul Lino em Alcântara. Assistência à direcção em Homem-Legenda uma co-criação Pedro Gil e Diogo Mesquita, produção Barba Azul. Intérprete em Teatro Electroacústico no Festival Música Viva 2006, no CCB e no Festival Música Viva 2007, na Casa da Música.
Prémio de interpretação Zita Duarte.
Curso de Teatro na Escola Profissional de Teatro de Cascais com nota máxima.
Curso Básico (5º Grau) de Piano.

NOTA: Com sorte, talvez eles nos mandem a sinopse. Fica o pedido...

Aviso às hostes...




Era uma graça que vocês tivessem T-O-D-O-S o trabalho feito até sexta-feira. Por trabalho entenda-se a biografia e o contexto.

Para a semana, o Mestre-Mor quer atirar-se aos ensaios e vocês têm de ter a cabeça - e as mãos! - livres para agarrarem nos textos e assentarem as marcações.

Por isso, vá lá, gente, façam-me isso!

A Bruxa agradece reconhecida.

domingo, 11 de maio de 2008

Intervalo laboral



Vá lá, vá lá... não queimem os neurónios! Aqui fica uma pausa do outro mundo!

Claro que esta pausa é sugerida porque a Bruxa SABE que estão todos a trabalhar imenso e que já há montanhas de páginas de biografias e contextos históricos...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Mais uma iniciativa...



No esforço continuado de travar a desgraça deste planeta que habitamos, a Quercus lançou mais uma campanha, que todos podemos ajudar a tornar possível.

Sabem que Portugal é o maior produtor mundial de cortiça, certo? Sabem que as rolhas são feitas da dita matéria, certo? E sabem certamente que a maior parte das rolhas, uma vez usada, vai parar ao lixo.

Ora a cortiça das rolhas é reutilizável. Não em vedantes para líquidos alimentares, mas sob formas variadas que, por exemplo, podem incluir placas de isolamento acústico para os pavilhões lá da escola, ali para os lados da Amoreira.

Calculo que muitos de vocês não bebam vinho mas, com grande probabilidade, alguém lá em casa o faz. Por isso, façam lá a gentileza de reunir as ditas, supra-citadas rolhas e, a partir de 5 de Junho, podem depositá-las nos "rolhões" (será que se vão chamar assim?) no(s) Continente(s).

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Vamos correr/andar por uma causa?

Aproxima-se o dia da 13ª Corrida Terry Fox em Portugal: é no sábado, dia 17 de Maio. Têm aqui toda a informação. E aqui. A Bruxa renova o convite e, mais perto, voltarei a avisá-los. Quem quer vir?

Para os aprendizes da margem Sul...



Sempre a pensar nos vossos interesses e no prosseguimento da bruxal estratégia de divulgar trabalho de ex-aprendizes (mesmo que não da escola ali para os lados da Amoreira) aqui fica uma fonte de informação. Tem muita coisa e pode ajudar-vos a utilizar com proveito e gosto o vosso tempo disponível.

terça-feira, 6 de maio de 2008

A pouco e pouco...

... irão surgindo neste espaço mais textos complementares para o vosso trabalho. Mantenham-se atentos!
Mas a Bruxa promete continuar a publicar aqui algumas pequenas diversões para manter a alegria no trabalho e as mentes despertas...
Na aula desta semana, a Bruxa espera que os aprendizes levem consigo as fotocópias que já todos têm: vamos discuti-las e organizá-las. Desta vez, não precisam de tecnologia: o velho lápis é suficiente.

A evolução do teatro

Tal como nos restantes géneros literários, também no teatro contemporâneo português se verificam desenvolvimentos paralelos de tendências realistas e de movimentos e experiências de vanguarda. Alguns autores ligados ao decadentismo e ao simbolismo fizeram experiências dramatúrgicas que podem ser inseridas nessas correntes, como D. João da Câmara e António Patrício.
De uma forma geral, sob o Estado Novo, as condições não eram as mais favoráveis ao teatro. No que toca à representação, o teatro português era dominado pela companhia Reis Colaço-Robles Monteiro, que seguia uma linha clássica. Para além deste e do teatro de revista, havia poucas possibilidades de pôr em cena teatro de tendências alternativas. A partir dos anos 50, no entanto, surgiram vários agrupamentos, como o Teatro Experimental do Porto (1953, dirigido por António Pedro), o Teatro-Estúdio do Salitre, o Teatro Experimental de Cascais (1965), o Teatro-Estúdio de Lisboa (1964), Os Bonecreiros (1971), a Comuna (1971), a Cornucópia (1973) e a Seiva Trupe (1973). Estas companhias, algumas de duração efémera por dificuldades de sobrevivência sem apoios institucionais, introduziram alguns elementos próprios da expressão teatral não tradicional, que se desenvolviam já na Europa, como o teatro do absurdo, a criação colectiva, o recurso à expressão corporal de forma não realista.
Quanto à criação do teatro enquanto texto literário, registam-se autores que se distinguiam também em outros géneros, como Natália Correia, Jorge de Sena, José Cardoso Pires e José Régio. Afirmaram-se nomes especificamente ligados a este género, como Luiz Francisco Rebello e Romeu Correia (este ligado a uma tradição de realismo social e popular). As formas teatrais de vanguarda serviram também um teatro de intenção interventora, com expressão na obra de Bernardo Santareno (O Judeu, 1966) e Luís de Sttau Monteiro (Felizmente há Luar!, 1961), fortemente influenciada pelo teatro épico de Bertold Brecht.
O período que precede de perto o 25 de Abril e os anos que se lhe seguiram abriiu a possibilidade de representação de muitos autores estrangeiros até então proibidos e também de portugueses, como Bernardo Santareno. Muitas das companhias de teatro independente envolveram-se nas campanhas de dinamização cultural, apostando num teatro de intervenção e forte ligação às massas populares. Recentemente, alguns romancistas têm-se dedicado também ao género dramático; entre eles contam-se Mário Cláudio, Luisa Costa Gomes e José Saramago.

Este texto foi returado de http://www.universal.pt/scripts/hlp/hlp.exe/epocas?tipo=1&p=4#T16

Aprendizes!



Façam o distintíssimo favor de se atirarem à biografia do Lúcifer da Temporada: já têm material q.b. (a seu tempo entregar-vos-ei mais) e basta saberem ler para poderem trabalhar aquele material. Não há grandes explicações a dar.
Se precisarem de alguma ajuda, estou à vossa disposição: vou estar a "teclar" o dia todo.

Dado que acaba sempre por aparecer...



...um desmancha-prazeres que não faz a menor ideia do que é a responsabilidade, a Bruxa activou a moderação de comentários. Infelizmente. Mas está determinada a não deixar que este espaço se transforme numa zona franca de insultos...

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Chegou a hora...


... de começarem a trabalhar a sério.

Para os que ainda não sabem, hoje de manhã ficou na escola uma montanha de fotocópias sobre o assunto que nos ocupa, à vossa inteira disposição. A D. Isabel tem-nas com ela: só têm de lá chegar, pedir-lhas e pagá-las.

A ideia é que, na próxima aula - quarta-feira que vem - já tenham lido tudo o que lá está sobre HISTÓRIA DE PORTUGAL: Estado Novo, censura etc... Na aula, explicar-lhes-ei a situação e falaremos sobre esse período.
Por amor dos deuses do Hades, atirem-se ao trabalho: têm duas semanas para o fazer avançar a sério, não as desperdicem.
Se precisarem de alguma coisa, estejam à vontade: escrevam-me, telefonem-me e resolvemos o que for preciso.

Cumprir a promessa...



...de vos dar uma série de hiperligações utilizáveis. Cá vão elas:


Infelizmente, o sítio com os documentos mais interessantes está, de momento, inacessível. A Bruxa promete mantê-lo debaixo de olho e, assim que estiver activo, os endereços vêm para aqui.

domingo, 4 de maio de 2008

À conversa com...

"Posso chegar a um espaço vazio qualquer e usá-lo como espaço de cena. Uma pessoa atravessa esse espaço vazio enquanto outra pessoa observa – e nada mais é necessário para que ocorra uma acção teatral."
Peter Brook


O Espaço Vazio foi o primeiro livro sobre teatro escrito por Peter Brook. Redigido a partir de conferências ministradas pelo autor, tornou-se uma referência incontornável tanto para os profissionais, como para o público das artes performativas.
As edições Orfeu Negro convidam Eugénia Vasques, professora na Escola Superior de Teatro e Cinema, João Mota, actor e dramaturgo, e Rui Lopes, o tradutor, para uma conversa viva acerca desta obra e os destinos do teatro contemporâneo.
Esta conversa vai acontecer na Fnac Chiado, no dia 5 de Maio, segunda-feira, pelas 18h30. A entrada é livre, o livro é importante e vocês estão sem aulas...

Problemas técnicos



A Bruxa deve uma explicação aos aprendizes:
ela está perfeitamente consciente de que vos disse que, a partir da sexta-feira pretérita (vão ao dicionário!), iria começar a publicar aqui as informações necessárias à elaboração dos vossos respectivos tratados de alquimia. E prometeu que, nesse dia, publicaria uma série segura de portas para outros infernos.
Infelizmente, a Bruxa põe a a técnica dispõe e o computador da Bruxa teve alguns problemas técnicos, que inviabilizaram o cumprimento do prometido.
Agora, fim-de-semana, a Bruxa veio à terra - também é Dia da Mãe no concelho de Loures, sabiam? - e o material está no computador da vila que todos habitamos durante a semana. Por isto tudo, só amanhã será possível começar tão magna publicação.
Mas não perdem pela demora! Até amanhã...

Oh, mããããããeeeeeee!!!!!


Pois é, aprendizes, hoje é Dia da Mãe.



Façam então o digníssimo favor de ter uma palavra simpática para a vossa respectiva: pensem que, para além de todas as virtudes que ela tenha, ainda tem de vos aturar. É vossa mãe. Por isso, merece todo o vosso carinho e respeito.

Desde os tempos mais remotos da história do homem que se organizaram festas em honra das mães: a mãe-Terra, geradora de toda a vida primeiro, e as várias deusas-mães depois. Mais tarde, muito mais tarde, uma americana, Anna Jarvis, achou que se devia esse preito (vão ver ao dicinário!) à sua e às outras mães. Se quiserem, vão aqui saber mais um bocadinho...

A partir daí, gerou-se um movimento que veio a estabelecer a festa em muitas zonas do globo.

Em Portugal, por tradição, o Dia da Mãe celebrava-se a 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, rainha de Portugal. Nos nossos dias ainda é feriado nacional mas a festa das mães passou para o primeiro domingo de Maio: hoje, portanto.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Gente! Povo! Malta!

Atenção! Muita atenção! Acabámos de ultrapassar a barreira psicológica das 5.000 visitas! Ena! Sensacional!!!!!!

A Bruxa aproveita para anunciar que, depois do teste de amanhã, começarão a surgir neste espaço informações relativas ao Lúcifer da Temporada - eu sei, já tinha avisado! - e outras igualmente necessárias para a elaboração do tratado de alquimia que terão de fazer até ao fim do ano.